Dr. Plinio, silêncio e boca no trombone

Sérgio Luiz Ferreira Passos, estudante, Instituto de História, UFRJ

Eu nunca tinha ouvido falar de Plinio Corrêa de Oliveira. E muitos de meus colegas da Faculdade, tampouco.

Por isso, quando li na Folha de S. Paulo a notícia do centenário de seu nascimento, no dia 13 de dezembro, levei uma surpresa. Mas como um homem com uma biografia dessas, catedrático de história, jornalista, escritor, ex constituinte, exemplo de honestidade na vida pública, católico fervoroso, grande lutador pela família, pela propriedade e pelo Brasil cristão, pode estar na minha Faculdade relegado a esse silêncio?

Eu não me segurei, e liguei pra meu professor de História.

- Por quê o Sr. nunca falou dele sequer uma palavra? Por quê esse silêncio, justo no momento em o Brasil de hoje, como o Sr. mesmo tantas vezes disse, precisa mais do que nunca de bons exemplos?

Meu professor ficou meio sem jeito, tentou desconversar e respondeu:

- Vc ainda é muito novo, não entende dessas coisas de TFP, mas um outro dia, com mais calma, eu explico pra vc.

A tirada de corpo dele aguçou minha curiosidade e minha interrogação. Pois, como muitos de meus colegas, eu sou independente, tento pensar por mim mesmo, sou dono do meu nariz, e, enquanto não chegar essa conversa com meu professor, vou colocar a boca no trombone!

Escrevi no Google: Plinio Corrêa de Oliveira, e saiu no primeiro lugar um site enorme, super completo dele, com milhares de artigos dele para a Folha de S. Paulo, com dezenas de livros, até com vídeos de entrevistas, tudo de livre acesso.

Pelo que pude ver, Dr. Plínio, além de defender sempre a família, a juventude, a propriedade e o Brasil cristão, polemizou muito com a chamada "esquerda católica", que, como ele disse num de seus artigos, tentou transformar o Brasil numa imensa e desditosa Cuba comunista...

Ele foi um homem polêmico, na contra-corrente, "politicamente incorreto", no bom sentido, e suspeito que por isso é tão silenciado.

Eu quero que Dr. Plinio seja conhecido não só pelos meus colegas da Faculdade, mas por todos os jovens do Brasil. Por isso, eu vou colocar a boca no trombone, e vou continuar a perguntar por quê na minha Faculdade se fala pouco ou nada dele.

Quem tiver uma explicação, eu gostaria de ouvir, fico no aguardo!

Lhes ofereço, de graça, por e-mail, meu pacote Dr. Plinio / Boca no Trombone (link do site dele, com milhares de artigos + o texto sobre centenário dele, que acabo de ler na Folha, e que despertou minha curiosidade).

Sempre às ordens!

Sérgio Luiz Ferreira Passos, estudante

E-mail: jornalismoinvestigativo @ yahoo.com.br

Instituto de Psicologia

Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Universidade Federal do Rio de Janeiro